O assim chamado Pythagoras
( o que se segue é uma tradução não autorizada de trechos do artigo The
so called Pythagoras, de John Leo, publicado no US News & World Report, em
26 de maio de 1 997 )
....... A Nova Nova Matemática, como as vezes é chamada, tem grandes
objetivos: deixar de lado o ensino voltado para os exercícios e ajudar os
alunos a entender e gostar dos conceitos matemáticos. Contudo, na prática, tem
sido um amontoado de bobagens. A exercicitação é trocada pela teoria
e pela idéia de que os alunos não devem ser receptores passivos de regras mas
sim descobridores, gentilmente guiados pelos professores, os quais são
co-aprendizes e não autoridades com lições a ensinar. Respostas corretas
também não são importantes. Alguns opositores chamam isso de Matemática Integral, pois
os alunos frequentemente acabam adivinhando as respostas, de um modo similar
ao que ocorre no modismo do Inglês Integral, onde os alunos tentam adivinhar
palavras que não conseguem pronunciar.
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Em verdade, esses vagos objetivos incluem atividades de aula que pouco tem
a ver com matemática......, ( por exemplo ), no livro Secondary Math: an
integrated approach, focus on Algebra temos a poesia de Maya Angelou,
fotos do Presidente Clinton e de gravuras africanas em madeira, sermões
sobre nossos pecados ambientais, e mais fotos de alunos chamados Tatuk
e Estéban dando conselhos sobre a vida. Também contém elogios à mulher de Pythagoras e faz profundas
perguntas como "qual papel devem desempenhar os zoológicos em nossa sociedade?".
Contudo, equações só aparecem na página 165, e a primeira vez que uma equação
de primeiro grau é resolvida ocorre na página 218 e a resolução é feita
por tentativas........
Pior ainda, a Nova Nova Matemática adotou o clássico cozido de
obsessões das faculdades de educação sobre sentimentos, auto-estima e toda
uma agenda de itens politicamente corretos.
..........A Nova Nova Matemática tornou-se um veículo para o agressivo
multiculturalismo que se alastra pelas escolas. O material produzido pelo
NCTM ( National Council of teachers of Mathematics ), que está
suportando a Matemática Integral, está cheio de sugestões para implementar
o multiculturalismo nas aulas de matemática. A Nova Nova Matemática, consequentemente,
também vagamente endossa o alegado novo campo da
Etnomatemática. A maioria de nós pode pensar que a Matemática é uma
disciplina abstrata e universal, que pouco tem a ver com etnicidade. Mas
os etnomatemáticos, que estão muito ocupados fazendo
congressos e escrevendo livros, afirmam que as pessoas tem uma matemática natural
a qual está vinculada à sua cultura. A matemática do Mundo Ocidental,
por exemplo, não é universal mas apenas uma expressão da cultura dos brancos
sobre os não-brancos. Muito disso vem acompanhado por ataques ao eurocentrismo.
Num livro de ensaios sobre Etnomatemática inicia-se lembrando que a Europa
não existe, pois é apenas uma península do continente Eurasiano...
Boa parte do livro é gasta insistindo que povos sem escrita tinham vários
tipos de manifestações matemáticas, de padrões de tecelagem a um osso
africano com riscos que deviam ter sido usados para contagem.
Tudo não passa de tolices, mas é onde o multiculturalismo anda agora. A menos
que V. vá estudar em uma escola de engenharia que use ábacos Yoruba, ou
a menos que V. costume verificar seu talão de cheques ao estilo dos indios
navajos, provavelmente o melhor a fazer seja ignorar esse tipo de coisas.
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