Séries de Fourier - Exemplos 3
Consideremos a função - periódica que vale no intervalo
> h:=proc(x)
local q;
q:=x;
while q>Pi do
q:=q-2*Pi;
od;
q^2;
end:> f:=proc(x)
local q;
q:=x;
while q<0 do
q:=q+2*Pi
od;
h(q)
end:> plot(f,-12..12,tickmarks=[8,3]);
é uma função par.
> a[0]:=2/Pi*int(x^2,x=0..Pi);
> a[n]:=2/Pi*int(x^2*cos(n*x),x=0..Pi);
De modo que a serie de Fourier de
> 1/3*Pi^2+4*sum((-1)^n/n^2*cos(n*x),n=1..infinity);
Vamos fazer o gráfico de algumas somas parciais
> plot(1/3*Pi^2+4*(-cos(x)+cos(2*x)/2^2),x=-10..10,numpoints=400, tickmarks=[8,3]);
> plot(1/3*Pi^2+4*(-cos(x)+cos(2*x)/2^2-cos(3*x)/3^2),x=-10..10, numpoints=400,tickmarks=[8,3]);
> plot(1/3*Pi^2+4*(-cos(x)+cos(2*x)/2^2-cos(3*x)/3^2)+cos(4*x)/4^2, x=-10..10,numpoints=400,tickmarks=[8,3]);
Mostrando este último junto com a função:
> with(plots):
u:=plot(f,-10..10,tickmarks=[8,3],color=blue):
v:=plot(1/3*Pi^2+4*(-cos(x)+cos(2*x)/2^2-cos(3*x)/3^2)+cos(4*x)/4^2,x=-10..10, numpoints=400,tickmarks=[8,3]):
display({u,v});
Mas pegando 10 termos da soma:
> w:=plot(1/3*Pi^2+4*sum((-1)^n/n^2*cos(n*x),n=1..10),x=-10..10, numpoints=400,tickmarks=[8,3]):
display({u,w});
>
A função abaixo é uma função ímpar
> restart;
f:=x->x*(x-Pi)*(x+Pi)/12;
> plot(f(x),x=-Pi..Pi,tickmarks=[6,3]);
> 2/Pi*int(f(x)*sin(n*x),x=0..Pi);
Logo a série de Fourier da função é
> sum((-1)^n*sin(n*x)/n^3,n=1..infinity);
Tomando só os 3 primeiros termos da série já temos uma aproximação razoavelmente boa:
> plot({sum((-1)^n*sin(n*x)/n^3,n=1..3),f(x)},
x=-Pi..Pi,color=[red,blue]);
Consideremos agora a função par cujo gráfico é uma serra:
> restart;
> h:=proc(x)
local q;
q:=x;
while q>Pi do
q:=q-2*Pi;
od;
abs(q);
end:> g:=proc(x)
local q;
q:=x;
while q<0 do
q:=q+2*Pi
od;
h(q)
end:> plot(g,-10..10,tickmarks=[8,3]);
A série de Fourier desta função é
> Pi/2-4/Pi*sum(cos((2*k+1)*x)/(2*k+1)^2,k=0..infinity);
Pegando 2 termos do somatório:
> plot(1/2*Pi-4/Pi*(cos(x)+1/9*cos(3*x)),x=-10..10,numpoints=400, tickmarks=[8,3]);
Pegando 5 termos do somatório,
> plot(1/2*Pi-4*(cos(x)+1/9*cos(3*x)+1/25*cos(5*x)+1/49*cos(7*x)+ 1/81*cos(9*x))/Pi,x=-10..10,numpoints=400,tickmarks=[8,3]);
Passamos agora a um exemplo bem diferente, um tipo de exemplo que foi descoberto no final do seculo XIX pelo matemático Karl Weierstrass e que permite obter algo que contraria nossa intuição: funções contínuas em todos os pontos que não possuem derivada em nenhum ponto.
Com 2 termos:
> plot(0.9*cos(5*x)+0.9^2*cos(5^2*x),x=-Pi..Pi,numpoints=1000);
Com 3 termos:
> plot(0.9*cos(5*x)+0.9^2*cos(5^2*x)+0.9^3*cos(5^3*x), x=-Pi..Pi,numpoints=1000);
Com 4 termos:
> plot(0.9*cos(5*x)+0.9^2*cos(5^2*x)+0.9^3*cos(5^3*x)+ 0.9^4*cos(5^4*x),x=-Pi..Pi,numpoints=3000);
Note que a série
> sum(0.9^n*cos(5^n*x),n=1..infinity);
é de um tipo chamado de série lacunaria (é cheia de lacunas, falta a maioria dos termos, só tem termo em se for de um tipo bem especial, da forma , potência de 5).
Chamando de o coeficiente de , então, por exemplo,
, , , , .
A maioria dos são 0, mas olhando para os que não são, temos que muito lentamente. Isto explica a falta total de suavidade da função representada por esta série, pois sabemos que o grau de suavidade da função tem a ver com a velocidade de convergência para 0 dos coeficientes de Fourier.
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