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Financiamento de automóveis e bens de menor valor

Atualmente, o consumidor dispôe de várias maneiras de usufruir bens de consumo:
  • financiamento tradicionais ( Crédito Direto ao Consumidor )
  • consórcios
  • leasing
  • aluguél


Financiamentos tradicionais
Crédito Direto ao Consumidor ( CDC )


A matemática básica já foi explicada nas páginas anteriores, bem como já foram apontados os "golpes" mais comuns. Contudo, nunca é demais repetir que:
  • sempre que puder, compre à vista
  • é bastante comum ocorrer que a venda do bem é apenas um pretexto para impingir ao comsumidor desinformado um financiamento com taxas de juros tão altas que dão mais lucro que a venda propriamente dita
  • um sintoma de que o real interesse do vendedor é que V. compre à prazo é observar a insistência do mesmo em lhe conseguir o crédito
  • simplesmente, não existe compra à prazo pelo preço à vista
Os juros variam bastante de acordo com o tipo de bem financiado. Um caso interessante é o dos automóveis, cujo financiamento é feito pelos próprios fabricantes e então, normalmente, é mais vantajoso. A principal coisa a cuidar é a nossa última recomedação acima: é bastante comum que, na compra à vista, seja dado um grande desconto.


Consórcios


As características básicas deste tipo de financiamento são:
  • não tem juros
  • mas, em compensação, tem uma taxa de administração que está em torno de 12% do valor do bem
  • o bem não é dado imediatamente ao consumidor, isso depende do interesse dos outros membros do "grupo" formado
  • as parcelas são reajustadas em função do aumento do preço de tabela do bem ( e isso passa a ser sério problema quando os aumentos são maiores que a inflação )
O Prof Luis Carlos Ewald ( Mat Financeira, PUC do Rio ) insiste que "o consórcio tem uma característica compensatória: quem é sorteado na fase inicial do grupo passa a desfrutar cedo do uso do bem, mas paga sempre uma parcela que se refere ao preço de um produto novo com valor reajustado, o que a longo prazo é bastante incomodativo. Imagine um grupo de 60 meses: o primeiro sorteado estará pagando, no final, parcelas de um bem cinco anos mais novo do que o que tem ... Em compensação, o participante de pouca sorte, aquele que só é sorteado no final, recebe um produto novo e atual e paga o mesmo valor de parcela que os primeiros sorteados. Existem muito participantes de consórcios que "retiram suas pedras do sorteio". Fazem isso quando a fábrica está por lançar um novo modelo.

Este tipo de financiamento continuamente recicla seus "golpes". O mais recente alardeia que não tem juros incidentes, mas não deixe de observar que V. só leva o bem na hora se tiver a maior sorte do mundo e pagar uma taxa de administração bem salgada ( nos tempos de inflação na casa das dezenas, essa taxa era de 5 a 6%, e agora chega a absurdos 15% ). Ou seja, é basicamente o velhíssimo golpe da "compra à prazo sem juros". Fuja deles !


Leasing


O leasing é um aluguel que tem embutida a opção de compra num prazo mínimo de 24 meses. Tem um atrativo bem brasileiro: a taxa de juros não envolve o IOF, pois trata-se de uma prestação de serviço de aluguel.

Antigamente, como costuma dizer o Prof Ewald, todo leasing que se prezava era sem entrada, com prazos grandes e o valor residual pagável com o próprio bem. Hoje, iludem com baixa taxa de arrendamento e "tiram o sangue do consumidor" com entradas de alto valor, e prazos pequenos ( para evitar a desvalorização do bem ).


aluguel tradicional


O fundamental é atinar que no valor do aluguel está embutido uma taxa de depreciação e obsolescência que permite ao locador estar sempre locando produtos atualizados, de real procura. Obviamente, também, não existe manutenção gratuíta; os custos da mesma estão embutidos no preço do aluguel. Por outro lado, se V. ignora tudo sobre a tecnologia do bem locado, talvez seja preferível locar ( como é o caso de aparelhos de ar-condicionado, computadores, etc ): o risco de V. cair num custoso "golpe" de conserto é muito grande.

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