Museu Casa de Benjamin Constant |
Histórico
Construída por volta de 1860 para ser residência de Antônio Moreira da Costa Santos, primeiro morador do imóvel, a casa onde residiram Benjamin Constant Botelho de Magalhães - o "Fundador da República" - e sua família, a partir de 1889, sofreu algumas reformas e obras de restauração ao longo de sua existência.Em 1891, logo após o falecimento de Benjamin Constant, o imóvel da Rua Monte Alegre, em Santa Teresa, foi adquirido pelo patrimônio público e, em atendimento à primeira Constituição Republicana Brasileira, deixado em usufruto à viúva, sendo colocada no local uma lápide em homenagem à "memória do grande patriota". Em 2 de abril de 1958, foi tombado pelo IPHAN. A partir de 1961, quando foi devolvido à União, o imóvel teve utilização diversa, até que, em 1982, após o levantamento do acervo ali existente, foi criado o Museu Casa de Benjamin Constant, com o propósito de reconstituir o ambiente familiar e o contexto sócio-cultural em que viveu uma das maiores figuras da história republicana brasileira.
O Museu, além da exposição permanente do seu acervo, desenvolve uma série de atividades culturais, como pesquisas, cursos, exposições temporárias e os concertos ao ar livre, já tradicionais em Santa Teresa.
Acervo
Na condição de museu histórico, o Museu reúne um acervo bastante diversificado. A própria área onde está situado constitui uma forma de ocupação urbana - a chácara - típica do bairro de Santa Teresa e interessante para a compreensão das maneiras como se vivia no Rio de Janeiro em meados do século XIX. Por outro lado, o interior da casa onde faleceu Benjamin Constant abriga valioso acervo ligado a diversos aspectos das vidas privada e pública do "Fundador da República": pinturas, fotografias, esculturas, mobiliário, indumentária, medalhas, objetos pessoais, livros e documentos.Como, após a sua morte, a família de Benjamin Constant permaneceu ocupando o imóvel, os elementos básicos do acervo do museu foram aqueles encontrados na casa quando da sua devolução ao patrimônio público, principalmente, o mobiliário. Infelizmente, muitas peças estavam definitivamente prejudicadas pela ação dos cupins, tendo, portanto, sofrido alterações. Outras ainda foram restauradas e algumas, copiadas. A elas, acrescentaram-se as doações efetuadas pelos próprios descendentes de Benjamin Constant, que incluíram desde objetos de seu uso pessoal, como a escova de dentes e o pincel de barba, até a sua faixa mortuária e flores que ornamentaram o seu túmulo. Aliás, as doações não cessaram e o museu enriquece o seu acervo permanentemente.
O acervo do museu é, portanto, constituído tanto por peças reunidas quando da sua criação, quanto por outras agregadas posteriormente. Na ambientação da casa, por exemplo, são utilizados alguns objetos típicos de época (utensílios de cozinha, colchas de cama, móveis, etc) que não pertenceram a Benjamin Constant ou à sua família. Todos, no entanto, cumprem o seu papel principal: oferecer ao visitante elementos para o conhecimento da vida de Benjamin Constant.
Secretaria do Turismo do RJ