Discussão
do Modelo
|
|
A atividade consiste
em dado o modelo completo (com animações, gráficos e tabelas) de um
jogador de basquete arremessando uma bola ao cesto, tentar reconstruir
este modelo, aceitando-se adaptações que os alunos e o professor julgarem
convenientes. |
|
|
Após a implementação
do modelo, o professor poderá levantar questões de natureza matemática tais
como:
"Que tipo de trajetória a bola descreve? Mostre porquê. Como é o gráfico
das componentes vertical e horizontal da posição da bola em função do tempo?
Por quê? Dados a velocidade inicial, o ângulo de arremesso e a aceleração
da gravidade, qual é a altura máxima atingida pela bola durante o movimento?
Como é o gráfico das componentes horizontal e vertical da velocidade da
bola em função do tempo? Por quê?". |
Começaremos,
então, tentando acertar o arremesso.
A construção do
modelo permite que se varie a posição da cesta em relação ao jogador.
Os parâmetros envolvidos são a velocidade inicial da bola (),
o ângulo do arremesso (ang) e a aceleração da gravidade (g)
que podem ser alterados na janela Condições. A variável independente
do modelo é o tempo (t). |
|
Após várias jogadas pode-se então começar
a estudar o modelo em si. |
|
|
O
Modelo |
|
Primeiramente,
vamos analisar as restrições impostas ao modelo: desconsideraremos qualquer
efeito da resistência do ar sobre o movimento; desconsideraremos, também,
o caso da bola tocar na tabela e cair na cesta.
A bola será tratada como uma partícula, portanto desconsideraremos possíveis
efeitos de vibração, rotação e deformação da mesma. Além disso, o movimento
da bola é dado segundo um plano vertical em relação ao solo. |
|
Em Física, aprendemos
que o movimento de uma partícula com aceleração constante é descrito pelas
equações vetoriais: |
|
( 1 ) |
|
( 2 ) |
|
onde v e r
são os vetores velocidade e posição, respectivamente, da partícula no
instante t,
e
são os vetores velocidade inicial e posição inicial da partícula, respectivamente,
a é o vetor aceleração (constante) da partícula e t é o
tempo.
|
Dadas as restrições
impostas, o modelo trata-se de um lançamento de projétil (no caso a bola
de basquete), isto é, um movimento bidimensional de uma partícula sujeito
apenas à aceleração da gravidade g (dirigida na vertical com sentido
de cima para baixo e com módulo aproximadamente constante de 9,8 m/s²).
Como as equações ( 1 ) e ( 2 ) são vetoriais, podemos decompô-las
segundo os eixos X e Y, com o sentido positivo do movimento
da esquerda para a direita no eixo X e de baixo para cima no eixo
Y. Escolhemos, por comodidade, a origem do referencial como a posição
inicial da partícula. Desta escolha resulta que as posições
iniciais (no plano cartesiano) são
e .
Vejamos como ficam as equações ( 1 ) e ( 2 ) segundo os eixos
X e Y: |
|
Segundo
X
|
|
Segundo
Y
|
|
( 1.a )
|
|
|
(
1.b )
|
(
2.a )
|
|
|
(
2.b )
|
|
A aceleração se dá
apenas segundo o eixo Y e tem sentido contrário ao convencionado,
assim e .
A velocidade no instante
é
e faz um ângulo
com o sentido positivo do eixo X.
As componentes de
segundo X e Y são
e .
Fazendo-se as devidas substituições em (1.a) e (1.b), obtemos
e .
Ou seja, a componente horizontal da velocidade é constante ao longo de
todo o movimento e a componente vertical varia linearmente com o tempo
(função decrescente - por quê?).
O módulo do vetor velocidade em qualquer instante é dado por
e o ângulo que o vetor velocidade faz com a horizontal é .
As componentes do vetor posição da partícula segundo os eixos X
e Y são dadas, respectivamente, por
e .
Combinando-se estas duas equações (lembrando que o tempo é elemento
comum e igual) obtemos
|
qué a equação da trajetória do projétil.
|
|
É fácil ver que esta equação
trata-se da equação de uma parábola (por quê?). |
|
|