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Reduzindo o movimento de uma figura ao de um conjunto FINITO de seus pontos O interesse de atingir esse objetivo está em que ele nos possibilitará reduzir o movimento rígido da figura à uma multiplicação de duas matrizes, de um modo semelhante ao que já fizemos com a transformação do quadrado do primeiro exemplo que vimos quando introduzimos a idéia de transformação. A desejada redução é bastante fácil de ser conseguida: basta que façamos uma discretização da figura a movimentar. Para que entendamos melhor tal discretização, imaginemos que queiramos fazer o movimento rígido de um sólido qualquer, como uma bola. Para isso, iniciamos dividindo a superfície desse sólido em um número finito de triângulos ( se conveniente, podemos usar qualquer outro polígono plano ) com o que substituímos o sólido dado por uma sua versao fio de arame. É muito fácil vermos que a versão fio de arame pode ser uma representação tão fiel quanto quizermos do sólido dado: tudo o que precisamos fazer é usar uma quantidade adequadamente grande de triângulos convenientemente pequenos. Resta observarmos que para fazer um movimento rígido qualquer da figura fio de arame basta fazermos o movimento de cada um dos vértices dos triângulos que a compõe, pois os movimentos rígidos preservam a linearidade dos lados dos triângulos. |
A realização EFICIENTE do movimento rígido de uma figura qualquer O teorema de Euler nos leva quase lá Ele nos diz que qualquer movimento rígido pode ser escrito como uma composição M.R.T de movimentos rígidos básicos adequados: T = translação, R = rotação e M = reflexão. Mas essa composição ainda não está pronta para o uso prático. Com efeito: é fácil escrever a expressão de T, mas as de R e M só são fáceis nos casos que já vimos anteriormente: rotações em torno da origem e reflexões em torno de retas passando pela origem no caso plano e versões semelhantes no caso espacial. Contudo, é fácil ver - ao menos no caso plano - que os demais casos de reflexões e rotações podem ser escritos como composição de translações e os casos fáceis de rotações e reflexões. Por exemplo: seja fazer uma rotacão de Ø graus em torno de um centro C dado. É fácil ver que essa rotação pode ser feita do seguinte modo, dado um ponto P a rotar:
de modo que a rotação desejada pode ser escrita como a composição: T C . R . T -C onde cada transformação dessa composição é um movimento rígido básico fácil, e do qual já sabemos escrever a representacão matricial. Com efeito, indicando por u e v as coordenadas do centro C, temos:para T -C :
para a rotação R :
e para T C :
Imitando o que foi feito para as rotações, o leitor poderá facilmente ver que as reflexões em torno de uma reta que não passa pela origem podem ser escritas na forma : T C . M . T -C
onde M é uma reflexão do tipo fácil, ou seja: relativamente a uma reta pela
origem.
É fácil ver que as translações dificultam a exploração da decomposição
de qualquer movimento rígido em termos de transformações que tem uma fácil
de achar representação matricial. Há, contudo, uma saída simples: em vez
de usar as coordenadas cartesianas ( x,y ) no plano e ( x,y,z ) no espaço,
usaremos as chamadas coordenadas homogêneas ( x,y,1 ) no plano e ( x,y,z,1 ) no
espaço. Com esse artifício, conseguiremos expressar as
translações - bem como as rotações e reflexões - como um produto matricial.
Vejamos como fazer isso no plano e espaço:
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