Superfícies de Revolução:
Algumas quádricas podem ser superfícies de
revolução: para isto basta que exibam uma simetria em
relação a algum eixo. Geometricamente, isto significa que
são círculos todos os cortes da superfície
por uma família de planos paralelos; algebricamente, em
termos das equações-padrão apresentadas na
classificação, isto ocorre
quando pelo menos duas das três constantes a,
b ou c são idênticas. No caso do
elipsóide, por exemplo, sempre
resulta uma superfície de revolução, bastando para
isso a igualdade de duas quaisquer destas constantes; assim
obtemos os esferóides e a
esfera. No caso dos
hiperbolóides e do
parabolóide elíptico, a
simetria axial só ocorre quando a = b.
Finalmente, o parabolóide
hiperbólico nunca apresenta simetria axial e portanto
nunca é uma superfície de revolução.
Superfícies Cilíndricas:
Os cilindros quádricos são o lugar
geométrico tridimensional de equações de segundo
grau em duas variáveis, ou então, o que
é mesma coisa, de equações de segundo grau em
três variáveis em que uma não aparece
explicitamente.
Nenhum valor da variável que não aparece deixa de
satisfazer a equação e, assim, fazem parte da
superfície cilíndrica todas as retas
perpendiculares ao plano determinado pelas duas variáveis
que aparecem na equação, sempre que o pé da
perpendicular satisfaz a equação nas duas variáveis
deste plano. Com uma variável a menos, a equação de
segundo grau determina uma curva plana que, em geral,
é uma cônica
não-degenerada deste plano; assim obtemos, entre outros,
os cilindros elípticos, hiperbólicos e
parabólicos, que podem ser visualizados
aqui.
Pares de Planos e Superfícies Imaginárias:
Em certos casos, o lugar geometrico determinado por uma
equação do segundo grau nas três
variáveis x, y e z não
é uma das seis quádricas não-degeneradas nem
um cilindro, mas sim dois planos, reais ou
imaginários, ou então uma
superfície imaginária. (Situação
análoga ocorre em duas variáveis, originando as
cônica degeneradas.)